A angústia representa um estado emocional intenso e complexo, que vai além da tristeza comum. Frequentemente descrita na psicologia como um sofrimento mental ou físico profundo, ela é o sentimento central que emerge em resposta a desafios que abalam nossa estrutura de vida. Para quem está buscando entender a angústia profunda e como lidar com angústia existencial, é crucial diferenciá-la de emoções mais gerais e saber como o tratamento pode ajudar.
Apesar de a angústia e a ansiedade compartilharem raízes linguísticas que remetem a uma sensação de "aperto", especialistas destacam que a angústia é tipicamente uma experiência mais angustiante. Entender essa distinção é fundamental para lidar com angústia profunda:
A ansiedade tipicamente se foca na preocupação, no medo e na apreensão sobre uma ameaça futura percebida (como definido nos critérios do Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG no DSM-5-TR).
A angústia, por outro lado, envolve sofrimento mental profundo, desespero e uma dor interior mais existencial. Ela costuma ser uma resposta a eventos de grande magnitude, como luto, perda ou trauma, e não apenas a estresses cotidianos.
O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS (2022) enfatiza que a angústia (ou "distress") tem uma duração e intensidade maiores, sendo mais avassaladora e onipresente em comparação com a ansiedade comum.
Embora você não encontre a palavra "angústia" listada como um diagnóstico isolado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR, American Psychiatric Association, 2022), a intensa aflição que a define é uma queixa central que leva as pessoas a procurar terapia. O DSM-5-TR descreve os sintomas que frequentemente acompanham essa dor em categorias como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG, código F41.1) e os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores (como o TEPT, código F43.10). Entre os sintomas físicos e emocionais associados, conforme critérios diagnósticos, estão:
A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao abordar a saúde mental e o bem-estar no mhGAP (Programa de Ação em Saúde Mental, 2016) e na CID-11, reconhece o termo como um indicador de sofrimento psicológico ("distress", código MB23.1 na CID-11) que precisa ser gerenciado, apontando para seu efeito prejudicial na capacidade de lidar com as exigências da vida cotidiana.
O sofrimento que a angústia profunda provoca está ligado a situações de vida que desafiam profundamente o senso de propósito e pertencimento. Conforme apontam estudos e diretrizes da OMS (Relatório Mundial de Saúde Mental, 2022) e códigos da CID-11, os principais fatores incluem:
Esses desencadeadores não são exaustivos, mas representam padrões comuns observados em contextos clínicos, sempre merecendo avaliação individual por um profissional.
Superar a angústia profunda exige um plano de ação que combina autocompaixão e apoio externo. Se você se pergunta como aliviar a angústia no peito ou como tratar sofrimento emocional com terapia, as seguintes estratégias, endossadas por práticas clínicas no mhGAP da OMS e evidências do DSM-5-TR, podem ajudar como complementos ao tratamento profissional:
Ao buscar tratamento para angústia e integrar essas estratégias em sua rotina, você está investindo em sua cura emocional e construindo uma maior resiliência diante dos inevitáveis desafios da vida. Lembre-se: você não está sozinho nisso, e dar o primeiro passo para a ajuda profissional pode fazer toda a diferença.
Verywell Mind: Utilizado para a diferenciação conceitual entre angústia e ansiedade, as manifestações do sofrimento, os fatores de risco (luto, trauma, solidão) e as estratégias de enfrentamento (mindfulness, exercício, autocompaixão).
Organização Mundial da Saúde (OMS): Referência para a definição de saúde mental e o reconhecimento do sofrimento (distress) como um fator que afeta o bem-estar e a capacidade de adaptação.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5): Referência para o enquadramento dos sintomas de angústia em categorias diagnósticas relacionadas, como os Transtornos de Ansiedade e os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores.
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