Eduardo Brancaglioni Marquetti Lazaro

Eduardo Brancaglioni Marquetti Lazaro

CRP 06/199338 | 6 anos de experiência No Psiconsultório desde fevereiro/2025

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Cartões de enfrentamento para o Silêncio: Um guia prático da TCC

Aprenda a criar e usar afirmações poderosas para transformar a dor do silêncio punitivo, aprofundar a cura e atravessar o luto.

Por Eduardo Brancaglioni Marquetti Lazaro Atualizado em 25/09/2025 3m de leitura

Habilidades Sociais Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

Na jornada do autoconhecimento e cuidado com a saúde mental, ter ferramentas práticas é fundamental. Uma das mais eficazes da Terapia Cognitivo-Comportamental é o "Cartão de Enfrentamento", um recurso simples que ajuda a interromper pensamentos negativos e a reforçar perspectivas mais saudáveis em tempo real. A seguir, apresentamos como construir e aplicar esses cartões para as três faces do silêncio que mais nos impactam.

1. Cartões para Enfrentar o Silêncio que Dói

O silêncio punitivo – quando a ausência de palavras é usada para controlar ou ferir – pode causar um intenso sofrimento emocional. Nesses momentos, a mente tende a criar narrativas de culpa e abandono emocional. Os cartões abaixo servem como um antídoto, um lembrete do seu valor intrínseco.

  • "Este silêncio é uma forma de comunicação não-verbal do outro, não um reflexo do meu valor. Meu bem-estar e minha saúde mental vêm em primeiro lugar."
  • "Sentir esta dor é uma reação válida. Eu acolho meu sentimento, mas não preciso me afogar nele. A atitude do outro é responsabilidade dele."
  • "Eu não preciso preencher este vazio interior com autocrítica. Posso escolher focar na minha paz, apesar do comportamento do outro."
  • "A escolha do outro é usar o silêncio. Minha escolha é não permitir que isso defina o meu dia ou quem eu sou."

2. Cartões para Guiar o Silêncio que Cura

Diferente da dor, há o silêncio que escolhemos para nossa cura emocional. Em um mundo barulhento, criar pausas para a introspecção é vital. Estes cartões servem para dar intenção a esses momentos, transformando a quietude em uma aliada do autoconhecimento.

  • "Eu me dou permissão para ficar em silêncio e apenas sentir. Este é um espaço seguro para eu me conectar comigo mesmo(a)."
  • "Este momento de quietude não é vazio, é uma oportunidade. É o poder do silêncio me ajudando a organizar meus pensamentos."
  • "Respirar. Não preciso de todas as respostas agora. Apenas estar presente neste silêncio já é um passo importante na minha jornada."
  • "Ao silenciar o ruído externo, posso finalmente praticar a escuta ativa comigo mesmo(a) e entender minhas reais necessidades."

3. Cartões para Acompanhar o Silêncio do Luto

O silêncio da perda é um território delicado. O objetivo aqui não é "consertar" a dor, mas acolhê-la. Os cartões para o processo de luto são lembretes de autocompaixão, validando os sentimentos que surgem na quietude da saudade.

  • "Este silêncio faz parte do meu luto e eu tenho o direito de vivê-lo no meu tempo, sem pressa ou julgamentos."
  • "A saudade que sinto nesta quietude é o eco do amor que existiu. Posso acolhê-la como parte da minha história."
  • "Meu objetivo não é 'superar a dor' apressadamente, mas aprender a caminhar com ela. Estou no processo de ressignificar a dor e a perda."
  • "Seja pelo fim de um relacionamento ou outra perda, este silêncio é válido. Eu me permito sentir, com gentileza e paciência."

 

Fontes e referências

CAIN, Susan. O poder dos quietos: como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar. Rio de Janeiro: Agir, 2012.

JAWORSKI, Adam (Org.). Silence: Interdisciplinary Perspectives. Berlin: Mouton de Gruyter, 2000.

JUNQUEIRA FILHO, Luiz Carlos Uchôa. Silêncio e Luzes: Sobre a Experiência Psíquica. São Paulo: Blucher, 2013.

ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.

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