Problemas cognitivos representam um declínio na capacidade do cérebro de processar informações, afetando funções cruciais como a memória e a atenção. Entender sua origem é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento eficaz, garantindo a independência funcional.
Na rotina moderna, esquecer onde as chaves foram deixadas ou ter um "branco" em uma conversa importante é comum. No entanto, quando dificuldades com a memória, o raciocínio ou a linguagem se tornam persistentes e interferem na capacidade de realizar tarefas diárias, estamos diante de um problema cognitivo. Estes problemas não são uma doença única, mas uma manifestação de que a capacidade do cérebro de processar informações de forma eficiente foi comprometida.
As funções cognitivas são pilares essenciais da nossa mente, incluindo a atenção, a linguagem, a memória, a função executiva (capacidade de planejar e tomar decisões) e a percepção. O prejuízo em um ou mais desses domínios sinaliza a necessidade de avaliação.
A forma como a medicina e a psicologia classificam esses problemas é crucial para o tratamento e o prognóstico. O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) agrupa estas condições sob a categoria de Transtornos Neurocognitivos (TNC).
O manual distingue dois níveis principais:
Essa classificação ajuda o profissional a diferenciar o declínio normal do envelhecimento de um quadro que exige intervenção imediata.
O comprometimento cognitivo tem origens diversas e não se limita à idade avançada. Embora o envelhecimento seja o principal fator de risco, esses problemas podem ser desencadeados por:
A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao abordar a saúde mental, reconhece que a depressão e o stress são causas significativas de prejuízos cognitivos, reforçando a necessidade de tratar o bem-estar emocional para proteger o cérebro.
Ao notar a perda cognitiva ou a dificuldade persistente em funções como a memória e o raciocínio, a Busca Profissional é essencial. O diagnóstico precoce, feito por neurologistas, psiquiatras ou neuropsicólogos, permite um tratamento mais eficaz.
Este tratamento pode incluir intervenções farmacológicas para estabilizar a progressão e, fundamentalmente, intervenções não farmacológicas. A reabilitação neuropsicológica, as mudanças no estilo de vida (exercício físico e nutrição) e o tratamento da saúde mental subjacente (como a depressão ou ansiedade) são cruciais para retardar o declínio e melhorar a qualidade de vida.
American Psychiatric Association (APA). DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Referência para a classificação e critérios diagnósticos dos Transtornos Neurocognitivos (Leve e Maior).
Organização Mundial da Saúde (OMS). Documentos sobre Saúde Mental e Doenças Neurológicas. Sustenta a análise sobre os fatores de risco do envelhecimento, a importância do suporte social e a correlação entre transtornos de humor e problemas cognitivos.